Usando um supertelescópio em conjunto com outros aparelhos
semelhantes na Terra e no espaço, astrônomos descobriram um novo tipo de
estrela binária.
Ela fica no sistema estelar AR Scorpii, habitado por uma
estrela anã branca que libera um raio de elétrons que atinge sua vizinha - uma
estrela anã vermelha fria -, como se a estivesse "atacando".
Esse fenômeno faz com que todo o sistema pulse, se iluminando
e escurecendo a cada 1,97 minuto.
O AR Scorpii fica na constelação de Escorpião, a 380
anos-luz de distância da Terra.
Sua estrela anã branca tem o tamanho do nosso planeta, mas
uma massa 200 mil vezes maior. A estrela anã vermelha fria tem um terço da
massa do Sol. Elas se orbitam num ciclo de 3,6 horas.
A estrela anã branca é muito magnética e gira em alta
velocidade. Isso acelera elétrons até quase atingirem a velocidade da luz,
fazendo com que sejam liberados em explosões que formam o facho. Quando ele
atinge a estrela anã vermelha fria, todo o sistema pulsa intensamente.
Só Lembrando que..
Uma estrela anã branca é uma estrela que possui uma grande
densidade, possuindo aproximadamente uma massa equivalente à massa do nosso Sol
mas concentrada num tamanho equivalente ao tamanho do nosso planeta Terra.
Quando uma estrela com massa até cerca de 8 vezes a massa do
nosso Sol esgota o seu “combustível”, ou seja, esgota o hidrogénio em seu
núcleo, o núcleo da estrela passa a ser constituído essencialmente por hélio.
Nesta fase a estrela expande-se tornando-se numa estrela gigante vermelha. Nas
camadas exteriores ainda se dá a fusão de hidrogénio em hélio, ao contrário do
seu núcleo.
Posteriormente no núcleo dá-se a fusão de hélio em carbono,
acabando também por surgir outros elementos pesados. O processo de fusão vai
assim terminando e o núcleo contrai-se pela ação a sua própria força de
gravidade. Entretanto as camadas exteriores da estrela gigante vermelhas são
expelidas, formando uma nebulosa planetária.
Neste ponto temos uma nebulosa planetária a envolver um
pequeno mas muito denso corpo celeste, uma anã branca. Uma anã branca é
portanto o núcleo daquilo que era uma estrela gigante vermelha.
Passadas algumas dezenas de milhares de anos, a nebulosa
planetária é dissipada, ficando apenas a estrela anã branca.
Uma anã branca é um dos objetos celestes mais densos que
existem, sendo apenas ultrapassada pelas estrelas de neutrões e pelos buracos
negros.
Já a Anã vermelha é o tipo de estrela mais comum na Via
Láctea. Trata-se de uma estrela pequena, pouco massiva e relativamente fria.
Como o próprio nome indica, a cor deste tipo de estrela é vermelha.
As anãs vermelhas são estrelas que fazem parte da chamada
sequência principal, uma faixa de estrelas representada no diagrama de
Hertzsprung-Russell. As estrelas da sequência principal geram luz e calor
através da fusão de hidrogénio em hélio nos seus núcleos.
A massa das anãs vermelhas pode ir desde aproximadamente
0,075 vezes a massa do nosso Sol, até aproximadamente metade da massa do nosso
Sol. São estrelas relativamente frias, com sua temperatura à superfície a
rondar os 4.000 K.
Fonte: http://www.bbc.com/portuguese/geral-36908513
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