Albert Einstein...

Como dizia Albert Einstein...

"A mente que se abre a uma nova ideia jamais voltará ao seu tamanho original."

Bem Vindos!

Bem vindos ao Blog da Profª Patricia!

Neste blog vocês encontrarão alguns conceitos, listas de exercícios, aulas e dicas sobre alguns conteúdos das disciplinas de Química e Física. Será um espaço também para o esclarecimento de dúvidas e postagens de algumas curiosidades.

Aproveitem e bons estudos!

Um abraço, Profª Patricia.

domingo, 18 de novembro de 2012

Exercícios: Isomeria Óptica


Pessoal do 3º Ano ai vão alguns exercícios relacionados a isomeria óptica. 
Aproveitem!


1- (UPF-RS) Para que a estrutura abaixo indique um composto que tenha atividade ótica, devemos substituir  os grupos R e R’ por:







a) metil, etil.
b) etil, propil.
c) hidroxila, metil.
d) metil, metil.
e) metil, hidrogênio.

2- Indique com um asterisco os carbonos assimétricos (quirais) presentes nos compostos abaixo:
a) 










b) 








c) 











3- (UFSCar-SP) Apresenta isomeria óptica:





















4- (Vunesp-SP) A fermentação da glicose envolve a seguinte reação, representada na forma não
balanceada:

Assinale com a asteriscos os átomos de carbono quirais na fórmula estrutural da glicose e indique o tipo de isomeria a eles associado.

5- Correlacione as colunas.






















6- (UFMT-MT) Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas abaixo.





a) amida - inativa
b) amina - ativa
c) imina - ativa
d) amina - inativa
e) amida - ativa





Respostas:

1- b , pois para ter atividade óptica, deve ter um carbono assimétrico ou quiral, ou seja, um carbono em que todos os seus quatro ligantes são diferentes entre si.


2-



3- b, pois é o único composto opticamente ativo e podemos ver isso porque ele possui um carbono assimétrico ou quiral.

4-













Isomeria óptica


5- A associação correta é:   1B – 2D - 3A - 4C - 5F.


6- Letra e, pois é uma amida e possui um carbono assimétrico ou quiral, sendo um composto opticamente ativo.

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Magnetismo

Pessoal segue a apresentação de slides que foi trabalhada em sala de aula. Abraço!

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Espelhos


Na física, consideramos um espelho uma superfície muito lisa e com alto índice de reflexão da luz. Provavelmente foi nossa imagem na superfície da água que inspirou a construção dos primeiros espelhos, feitos de cobre e, com o tempo foram utilizados outros materiais para sua fabricação, como por exemplo, a prata.

Os espelhos e as imagens produzidas por ele sempre foram objetos de admiração do homem. Durante a Segunda Guerra Púnica, Arquimedes utilizou um grande jogo de espelhos planos, formados pelos escudos de bronze dos soldados, que refletiam a luz do Sol para um mesmo ponto de um navio, para incendiá-lo.

Há mais de mil anos, os espelhos ainda eram feitos de metal como cobre, bronze, prata, ouro e até chumbo em formato de discos planos e polidos que custavam muito caro, e também eram minúsculos por causa do peso do material.

O espelho moderno é feito por prateamento, processo que consiste pulverizar uma fina camada de prata ou alumínio nas costas da folha de vidro. Justus Von Leibig inventou o processo em 1835, mas a maioria dos espelhos é feita hoje pela evaporação do alumínio a vácuo, que em seguida se une ao vidro mais frio.

Há várias imagens que diferentes espelhos podem formar, assim antes de entendermos a formação das imagens, veremos quais são os diferentes tipos de espelhos que poderemos encontrar:

Espelho plano

Um espelho plano é uma superfície plana e muito lisa, com alto índice de reflexão da luz.

Espelho esférico convexo

Um espelho esférico convexo é um espelho que tem origem do corte de uma esfera espelhada. Sendo a parte externa da esfera espelhada.


Espelho esférico côncavo

Um espelho esférico côncavo é um espelho que tem origem do corte de uma esfera espelhada. Sendo a parte interna da esfera espelhada.



Fonte: Efeito Joule e How Stuff Works

sábado, 6 de outubro de 2012

Óptica da Visão


Na Física, o estudo do comportamento dos raios luminosos em relação ao globo ocular é conhecido como óptica da visão. Para entender a óptica da visão será necessário estudar, anteriormente, a estrutura do olho humano.

Nossos olhos são constituídos de vários meios transparentes que levam os raios luminosos até a retina (onde formam-se as imagens).

Observe a figura abaixo:

Na óptica da visão é importante entender a função das partes mais importantes na formação de imagens no globo ocular. Vamos ver estas partes e suas funções:

O cristalino funciona como uma lente convergente biconvexa.

A pupila funciona como um diafragma, controlando a quantidade de luz que penetra no olho.

Os músculos ciliares alteram a distância focal do cristalino, comprimindo-o.

A retina é a parte do olho sensível à luz. É nesta região que se formam as imagens.

Para que o olho consiga formar uma imagem com nitidez, um objeto é focalizado variando-se a forma do cristalino. Essa variação da distância focal do cristalino é feita pelos músculos ciliares, através de uma maior ou menor compressão destes sobre o cristalino. Esse processo é chamado de acomodação visual.

O sistema óptico do globo ocular forma uma imagem real e invertida no fundo do olho, mais precisamente na retina. Como esta região é sensível à luz, as informações luminosas são transformadas em sinais elétricos que escoam pelo nervo óptico até o centro da visão (região do cérebro). O cérebro trata de decodificar estes sinais elétricos e nos mostrar a imagem do objeto focalizado.



quinta-feira, 4 de outubro de 2012

A Luz e a Óptica Geométrica


A parte da Física que estuda os fenômenos relacionados à luz é chamada de Óptica. A Óptica Geométrica estuda os fenômenos que são explicados sem se preocupar com a natureza da luz. Para este estudo utilizaremos alguns conceitos básicos e princípios fundamentais que serão apresentados neste texto.

Um dos grandes nomes da Óptica é Isaac Newton, que já conhecemos um pouco quando estudamos as Leis de Newton. Mas, a óptica já interessava o homem a muito mais tempo. Em 1025, Al-Hazen, um estudioso árabe, escreveu que a visão era o resultado dos raios de luz que entravam nos nossos olhos. O que não era tão comum se dizer na época, já que, acreditava-se que os olhos emitiam raios de luz que possibilitavam a visão. Al-Hazen também estudou as propriedades das lentes e fez grandes observações nesta área.

Para o estudo da Óptica Geométrica, vamos conceituar a luz como sendo um ente físico capaz de sensibilizar os nossos olhos. Logo, é através da luz que enxergamos.

Agora vamos ver alguns conceitos básicos da Ótica Geométrica e em seguida os princípios da Óptica Geométrica.

Raio de luz
O raio de luz é um agente geométrico que representa a direção e o sentido da propagação da luz.

Pincel de luz
O pincel de luz pode ser entendido como sendo um conjunto de raios de luz.

Fonte de luz
Denomina-se fonte de luz todo corpo capaz de emitir luz.

Fonte de luz primaria
São aquelas que emitem luz própria, isto é, que produz energia luminosa. Exemplos: O Sol e as Lâmpadas incandescentes.

Fonte de luz secundária
São aquelas que emitem apenas a luz recebida de outros corpos. Estas fontes de luz apenas refletem os raios de luz provenientes de outros corpos. Exemplo: a Lua e o teclado do seu computador.

Princípios da óptica geométrica:

1) Princípio da propagação retilínea da luz: em meios homogêneos a luz se propaga em linha reta.

2) Princípio da reversibilidade dos raios de luz: a trajetória dos raios não depende do sentido de propagação.

3) Princípio da independência dos raios de luz: cada raio de luz se propaga independentemente de outro.

Com estes três princípios observamos que a luz se propaga em linha reta, que o caminho de ida de um raio de luz pode ser igual ao caminho de volta e, um raio de luz pode se cruzar com outro se haver nenhuma mudança.

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Bóson de Higgs



Gráfico mostra colisão de partículas no experimento CMS no Grande Colisor de Hádrons, na Suíça

O que é o Bóson de Higgs?
Segundo teorias da Física que aguardam comprovação definitiva, Higgs é uma partícula subatômica considerada uma das matérias-primas básicas da criação do Universo.

Existe uma teoria quase completa sobre o funcionamento do Universo, com todas as partículas que formam os átomos e moléculas e toda a matéria que vemos, além de partículas mais exóticas. Esse é o chamado Modelo Padrão.

Cientistas anunciam descoberta de possível Bóson de Higgs

Mas há um "buraco" na teoria: ela não explica como todas essas partículas obtiveram massa. A partícula de Higgs, cuja teoria foi proposta inicialmente em 1964, é uma explicação para tentar preencher esse vácuo.

Segundo o Modelo Padrão, o Universo foi resfriado após o Big Bang, quando uma força invisível, conhecida como Campo de Higgs, formou-se junto de partículas associadas, os Bósons de Higgs, transferindo massa para outras partículas fundamentais.


Por que a massa é importante? 
A massa é simplesmente uma medida de quanto qualquer objeto - uma partícula, uma molécula, um animal - contém em si mesmo. Se não fosse pela massa, todas as partículas fundamentais que compõem os átomos e os animais viajariam pelo cosmos na velocidade da luz, e o Universo como o conhecemos não seria agrupado em matéria. A existência dos átomos e por consequência, da vida, não seria possível.

A teoria em questão propõe que o Campo de Higgs, permeando o Universo, permite que as partículas obtenham massa. Esse processo pode ser ilustrado com a resistência que um corpo encontra quando tenta nadar em uma piscina. O Campo de Higgs permeia o Universo como a água enche uma piscina.


Há quanto tempo os cientistas estão procurando o Bóson de Higgs?
Há mais de duas décadas. O trabalho já envolveu milhares de cientistas que trabalharam no chamado LEP, o antigo acelerador de partículas do laboratório CERN, na Suíça e no Tevatron, do laboratório Fermilab, nos Estados Unidos, que foi fechado recentemente. Atualmente a busca acontece no LHC (sigla em inglês para Grande Colisor de Hádrons), do CERN.


Como os cientistas estão procurando o Bóson de Higgs?
Literalmente arremessando partículas subatômicas umas contra as outras a velocidades altíssimas, perto da velocidade da luz. Ao fazer isso, recriam a energia que existia no início do universo e produzem diversas novas partículas, entre elas, em teoria, o Bóson de Higgs.

A caça ao Higgs é uma das razões que levaram à construção do imenso acelerador de partículas Grande Colisor de Hádrons (LHC, na sigla em inglês), do CERN (Centro Europeu para a Pesquisa Nuclear), na Suíça.

O LHC esmaga dois feixes de prótons próximos à velocidade da luz, gerando uma série de outras partículas. É possível que o Higgs nunca seja observado diretamente, mas os cientistas esperam que ele exista momentaneamente nessa "sopa" de partículas. Se ele se comportar como os pesquisadores esperam que ele se comporte, pode se decompor em novas partículas, deixando um rastro de provas de sua existência.

Caso seja produzido a partir das bilhões de colisões no LHC, o Bóson rapidamente se transformará em partículas de massa menor e mais estáveis. Serão essas partículas os indícios que os físicos poderão usar para comprovar a existência do Bóson, que aparecerão como ligeiras variações em gráficos usados pelos cientistas. Portanto, a confirmação definitiva  se dará a partir de uma certeza estatística.


E o que o Bóson de Higgs tem a ver com o Big Bang?
Tudo. Há 13, 7 bilhões de anos, o Big Bang criou o universo com partículas sem energia e radiação. A teoria diz que uma fração de segundo após a grande explosão, parte dessa radiação se congelou em um campo chamado de campo de Higgs. Com mais alguns segundos o universo começou a esfriar e as partículas começaram a adquirir massa a partir de sua interação com o campo de Higgs.


Por que ela é chamada “a partícula de Deus”?
É o título de um livro do prêmio Nobel de Física Leon Lederman que conta a busca pelo bóson de Higgs. No livro, Lederman conta que o editor do livro não deixaria ele colocar o nome de esta “maldita” (em inglês, goddamn) partícula, o que seria mais apropriado dado o tamanho da despesa e sua natureza, digamos, difícil de ser constatada.


Por que a partícula se chama Higgs?
Peter Higgs (1929-?) é um físico inglês. Professor emérito da Universidade de Edimburgo, na Escócia, é um dos pais do bóson de Higgs, embora não goste de ser chamado assim. Ele foi um dos cientistas que propôs em 1964 o que ficou conhecido como mecanismo de Higgs que prevê a existência do campo (e do Bóson) de Higgs que por sua vez é a responsável pela massa de todas as partículas existentes atualmente no universo. O Bóson de Higgs é uma peça fundamental do chamado Modelo Padrão da Física.


O que é o Modelo Padrão?
É o modelo criado pelos físicos de partículas para explicar a dinâmica das partículas subatômicas. Os físicos assumem que ele está correto pois suas previsões teóricas ao longo dos últimos 40 anos de resultados experimentais tem sido acertadas. Ele, no entanto, não explica tudo, deixando de fora, por exemplo, a força da gravidade.


Quanto esta pesquisa custou até agora?
O LHC sozinho custou cerca de 10 bilhões de dólares para ser construído e gerenciado. Isso inclui os salários de milhares de cientistas e técnicos ao redor do mundo, que colabaram nos dois experimentos que buscam o Higgs independentemente um do outro.


Todos estes estudos tiveram algum resultado prático?
Não diretamente. Mas o esforço científico que chegou à descoberta compensou de outras maneiras, como a criação da Internet em seu uso mais corriqueiro. Os cientistas do CERN desenvolveram a World Wide Web para facilitar a troca de informações entre eles. O vasto poder computacional necessário para analisar todos os dados produzidos pelo LHC também acelerou o desenvolvimento da computação em nuvem, que hoje é usada em serviços disponíveis a todos.

Avanços na captação de energia solar, diagnóstico por imagem e terapia por prótons, usada no combate a câncer -- também foram produtos do trabalho de físicos do CERN e outras instituições parceiras.


O que vem por aí?
"Isto é só o começo," disse James Gillies, porta-voz do Cern. Os pesquisadores continuarão a examinar a nova partícula até compreender completamente como ela se comporta. Com isso, eles pretendem entender os 96% do Universo que ainda estão escondidos da nossa visão. Isso pode resultar no descobrimento de novas partículas e até mesmo em forças da natureza desconhecidas.


E se a partícula que foi encontrada não for o Bóson de Higgs?
Caso se comprove que o Bóson de Higgs não existe, a teoria do Modelo Padrão teria de ser reescrita. Isso poderia abrir caminho para novas linhas de pesquisa, que podem se tornar revolucionárias na compreensão do Universo, da mesma forma que uma lacuna nas teorias da Física acabou levando ao desenvolvimento das teses da mecânica quântica, há um século.


sábado, 29 de setembro de 2012

NOVO COMETA NO PEDAÇO



Um novo cometa, batizado de C/2012 S1 ISON,  foi descoberto no último dia 21 de setembro pelos astrônomos Vitali Nevski (Bielorrússia) e Artyom Novichonok (Russia). 

O astro encontra-se atualmente próximo da órbita de Júpiter e, portanto, ainda longe do Sol, o centro do nosso sistema planetário. Mas, segundo previsões, em novembro de 2013 ele vai se aproximar bastante do Sol, chegando a apenas 0,012 UA da nossa estrela.

Para você ter uma noção de quanto isso é pouco em Astronomia, 1 UA (uma Unidade Astronômica) corresponde a cerca de 149,6 milhões de quilômetros, a distância média Sol-Terra. Fazendo uma conta rápida, o C/2012 S1 ISON passará a apenas 0,012 x 149,6 = 1,8 milhões de quilômetros do Sol. E, quando isso acontecer, o cometa estará a apenas 0,4 UA da Terra.

Este cometa promete! Bem perto do Sol, ele deve formar uma cabeleira bem brilhante e uma cauda bem longa, ou seja, tem tudo para ser visível a olho nu e poderá ser um show observacional. Por outro lado, cometas são sempre temperamentais e podem nos frustrar. A última passagem do cometa Halley* em 1985/86 foi muito menos espetacular do que se esperava. Houve somente uma pequena mancha esfumaçada contra o fundo brilhante de estrelas da Via Láctea e não havia cauda perceptível.


* O Halley é um cometa periódico que demora cera de 76 anos para dar uma volta ao redor do Sol. Antes de 1985/86 ele havia sido observado em 1910. Sua próxima passagem periélica (máxima aproximação solar) será em julho de 2061



domingo, 16 de setembro de 2012

Termoquímica e Lei de Hess

Olá pessoal do 2º Ano, estou postando a apresentação de slides sobre termoquímica que vimos em sala de aula, no formato de vídeo.



sábado, 8 de setembro de 2012

AURORAS BOREAIS E AUSTRAIS



Estamos caminhando para um máximo de atividade solar em 2013. Isso acontece a cada 11 anos.  

Aumento de atividade solar significa aumento de explosões solares que lançam no espaço matéria eletricamente carregada na forma de plasma (gás superaquecido e ionizado). Se uma dessas explosões está voltada para a Terra, seremos atingidos por estas partículas "sopradas" pelo Sol.

Fazendo as contas: 
I) A luz viaja entre o Sol e a Terra com velocidade Vluz = c = 300 000 km/s (valor aproximado da velocidade da luz no vácuo). Como o Sol está a aproximadamente 150 000 000 km daqui, podemos estimar o tempo que leva para a luz solar nos atingir depois que deixa a nossa estrela:
Δtluz  =  ΔS/Vluz =  ΔS/c  =  150 000 000 / 300 000 = 500s = 480s + 20s = 8min 20s

II) As partículas ejetadas do Sol atualmente têm velocidade aproximada Vpartículas = 500 km/s(*). Também podemos estimar o tempo que vão demorar para chegar na Terra depois que deixam o Sol. Confira:
Δtpartículas  =  ΔS/Vpartículas =  150 000 000 / 500 = 300 000 s = 5000 mim = 83,33 h = 3,47 dias

Com os cálculos (aproximados) acima concluímos que toda vez que ocorre uma explosão solar demoramos 8min 20s para detectarmos o fenômeno aqui na Terra. A luz é muito rápida! Mas o vento de partículas, muito mais lento, vai demorar cerca de 3,5 dias para nos atingir. Assim podemos prever a chegada das partículas carregadas no nosso planeta. E, se a explosão solar foi muito intensa, podemos antecipar uma tempestade geomagnética, o estopim das belas auroras boreais (ao norte) e austrais (ao sul).

Podemos ver uma destas belíssimas auroras na imagem no topo do post. A foto foi feita nesta terça-feira (04/09/12) na Islândia, pouco antes da meia noite local. E registra a aurora boreal que foi fruto de uma explosão solar que aconteceu no sábado, o primeiro dia deste mês de setembro. Como previsto nos nossos cálculos acima, as partículas solares ejetadas no dia 1 chegaram aqui na Terra no dia 4, cerca de 3,5 dias após terem sido lançadas para o espaço.

Vale lembrar que astrônomos monitoram o Sol 24h/dia a partir de observatórios distribuídos em toda a superfície do nosso planeta e também em equipamentos instalados em satélites artificiais da Terra, como por exemplo o SDO - Solar Dynamics Observatory  e o STEREO - Solar TErrestrial RElations Observatory (um curioso sistema de dois satélites que operam em conjunto, como se fossem dois olhos, para produzir imagens 3D do Sol).


Como ocorrem as auroras?

A colisão de partículas que vêm do Sol com átomos da atmosfera, especialmente oxigênio e nitrogênio, os excita. Em outras palavras, elétrons destes átomos excitados ganham energia nas colisões e saltam para camadas mais externas e mais energéticas. Quando decaem, isto é, retornam para a sua camada original ou para outra camada "mais baixa", devolvem a energia recebida como um fóton.

Oxigênio excitado costuma emitir este tom verde característico da foto que ilustra este post. Mas também podemos ter auroras vermelhas, ainda da interação com o oxigênio, além de auroras azuladas que correspondem à emissão do nitrogênio excitado.


Por que autoras ocorrem somente nas regiões circumpolares?

As partículas solares, interagindo com o campo magnético da Terra, são desviadas e quase não chegam a penetrar na atmosfera nas regiões de latitudes baixas. Nosso campo magnético funciona como um escudo protetor contra esta chuva de partículas.

Mas nas regiões de latitudes altas, tanto norte quanto ao sul, onde as linhas de campo mangético entram ou saem dos pólos magnéticos do planeta (que não coincidem com os pólos geográficos), este sistema de bloqueio de partículas é mais vulnerável. Como se tivéssemos dois furos circumpolares por onde as partículas podem passar. Isso se deve ao ângulo θ entre o vetor velocidade V das partículas e o vetor campo magnético B. Lembrando da Regra da Mão Esquerda e da expressão da Força Magnética:


Na caixa azul está a expressão do módulo da força magnética e na laranja a expressão vetorial. Os vetores v, B e Fmag obedecem à Regra da Mão Esquerda, ou seja, Fmag é um vetor sempre perpendicular ao plano formado pelos vetores v e B. Note ainda que, variando o ângulo  θ entre  v e B,  o valor de Fmag também varia. Para θ = 0° ou θ = 180° (v e B paralelos ou anti-paralelos) temos Fmag = 0 (valor mínimo, ou seja, interação nula da partícula carregada com o campo).  Para θ = 90° (v e B perpendiculares) temos Fmag =  qvB  (valor máximo, ou seja, força magnética atua como defletora da partícula).

Perto dos pólos o valor de θ tende para zero. Consequentemente, sen θ também vai para zero, o que enfraquece (ou até mesmo anula) a força magnética. Como é esta força que desvia as partículas, impedindo-as de penetrarem na atmosfera, perto dos pólos a probabilidade destas partículas atingirem a atmosfera é muito maior.


Mais Imagens da Aurora:





(*) Este valor de velocidade das partículas do vento solar pode variar para mais ou para menos. Em SpaceWeather.com, no topo do site, à esquerda, você pode conferir o valor desta velocidade em tempo real. Astrônomos medem este valor constantemente.

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Energia e Tipos de Energia


O conceito de energia é um dos mais abstratos na Física. Matéria e energia formam tudo o que conhecemos, mesmo assim, não podemos tocar a energia e nem vê-la.

De acordo com a equação de Einstein, E=m.c2, energia e matéria são equivalentes. Normalmente, dizemos que um corpo (matéria) tem energia quando ele pode realizar trabalho e, entendendo o que é trabalho será mais fácil entender o conceito de energia.

Quando levantamos um peso do chão, estamos exercendo uma força por certa distância e esta relação, força x distância, é o que caracteriza o trabalho na Física.

Nos processos que vemos na natureza a energia está sempre se transformando, de uma forma para outra. A energia não se perde nem se cria, ela apenas se transforma.

São vários os tipos de energia e, alguns deles são:

Energia nuclear

A energia nuclear é a energia concentrada no núcleo do átomo, ou seja, é a energia que possibilita os prótons e nêutrons ficarem juntos. Como vimos no texto sobre a bomba atômica, a equivalência entre massa e energia prevista por Einstein, descrita pela equação E=m.c2, explica a origem da energia liberada em alguns processos nucleares.

Energia Térmica

A matéria é formada por átomos e moléculas que estão em permanente estado de agitação térmica. A energia térmica é a energia associada a esta agitação térmica, e a temperatura é um valor numérico a expressa.

Energia elétrica

A Energia Elétrica pode ser definida como a capacidade de trabalho de uma corrente elétrica. Como toda Energia é a propriedade de um sistema que permite a realização de trabalho. Ela é obtida através de várias formas. Logo, o que chamamos de “eletricidade” pode ser entendido como Energia Elétrica se no fenômeno descrito, a eletricidade realiza de trabalho por meio de cargas elétricas.

Energia solar

A energia solar, muitas vezes chamada de energia luminosa já que é assim que enxergamos, é uma forma de energia radiante, ou seja, a energia solar pode ser transmitida no vácuo por ondas eletromagnéticas. A energia solar é transmitida, então, por radiação com vários comprimentos de onda diferentes.

Energia Cinética

A energia cinética é um tipo de energia ligado ao movimento, é a energia que os corpos têm devido à velocidade.

terça-feira, 31 de julho de 2012

A Descoberta da Penicilina


A Química tem a fama de ter criado um grande número de novos produtos químicos que, na sua maioria, são prejudiciais à saúde do homem ou do planeta. No entanto a variedade de produtos químicos presentes na natureza é espantosa na diversidade e no número. Uns são “benéficos” para o homem e outros ”prejudiciais”.

A penicilina foi descoberta em 1928 por Alexander Fleming quando se esqueceu de algumas placas com culturas de microrganismos no seu laboratório no Hospital St. Mary em Londres. Quando reparou, uma das suas culturas de Staphylococcus (uma bactéria) tinha sido contaminada por um bolor, e em volta das colónias do bolor não havia bactérias. Fleming identificou o bolor como um fungo do género Penicillium, e demonstrou que o fungo produzia uma substância responsável pelo efeito bactericida: a penicilina.

Este produto químico foi obtido puro por Howard Florey e Ernst Chain da Universidade de Oxford, muitos anos depois, em 1940. As suas qualidades antibióticas foram testadas em ratos infectados, assim como a sua não-toxicidade. Em 1941, os seus efeitos foram demonstrados em humanos. O primeiro homem a ser tratado com penicilina foi um agente da polícia que sofria de septicémia com abcessos disseminados, uma condição que na época era geralmente fatal. Ele melhorou bastante após a administração do fármaco, mas veio a falecer quando as reservas iniciais de penicilina se esgotaram. A penicilina salvou milhares de vidas de soldados dos aliados na Segunda Guerra Mundial.


Apesar de os enormes esforços desenvolvidos durante a Segunda Guerra Mundial para a produção em larga escala deste medicamento, a sua estrutura só foi completamente elucidada em 1956 e os produtos usados até aí resultavam do isolamento do antibiótico a partir de culturas do fungo sem que o arranjo espacial dos átomos presentes fosse completamente conhecido.

Na realidade não existe uma penicilina mas uma família de compostos como o mesmo núcleo central e uma cadeia lateral variável.



A descoberta desse arranjo espacial contribuiu para um novo salto na utilização dos antibióticos pelo homem. Durante muito tempo, o capítulo que a penicilina abriu na história da Medicina parecia prometer o fim das doenças infecciosas de origem bacteriana como causa de mortalidade humana o que se veio a verificar não ser possível.


domingo, 29 de julho de 2012

Filtro de água nanoeletrificado



Agência FAPESP – Cientistas da Universidade Stanford, nos Estados Unidos, desenvolveram um novo tipo de filtro de água, que funciona muito rapidamente e tem baixo custo. O objetivo é poder aplicar a tecnologia em países em desenvolvimento.

O funcionamento do filtro se baseia na nanotecnologia. Ele é formado por fios de prata e tubos com medidas na casa da bilionésima parte do metro. Em vez de reter as bactérias para limpar a água, como fazem outros filtros, o novo modelo mata os microrganismos.

As bactérias são mortas ao passar pelo campo elétrico existente na superfície altamente condutora do filtro. Nos testes realizados foram mortas 98% das bactérias Escherichia coli, expostas a 20 volts de eletricidade por vários segundos.

O filtro é formado por várias camadas de tecido de algodão, reunidas em um “sanduíche” de 6 centímetros de espessura.

“Esse é um novo método de tratamento para eliminar patógenos da água, que pode ser facilmente utilizado em áreas remotas nas quais as pessoas não têm acesso a tratamentos químicos como os que utilizam cloro”, disse Yi Cui, professor associado de ciência de materiais e engenharia de Stanford e um dos autores da pesquisa.
Cólera, tifo e hepatite são algumas das doenças ligadas ao consumo de água contaminada com microrganismos, um sério problema nos países mais pobres. Segundo Cui, a nova tecnologia poderá ser empregada em sistemas de purificação de pequenas vilas ou mesmo de cidades.

Filtros que prendem as bactérias devem ter poros suficientemente pequenos para segurar os patógenos, evitando que atinjam a água. Mas isso limita a velocidade de funcionamento do aparelho, isto é, o fluxo de água limpa.

Como o modelo desenvolvido agora mata as bactérias, mas não as prendem, a água é limpa muito mais rapidamente. “Nosso filtro é cerca de 80 mil vezes mais rápido do que os outros que retêm bactérias”, disse Cui. Os resultados foram publicados no periódico Nano Letters, da Sociedade de Química Norte-Americana.

Os poros maiores do novo filtro, para reter resíduos sólidos e outras impurezas, também fazem com que o equipamento entupa menos do que os demais, resultando em uma manutenção mais fácil.

O filtro emprega nanotubos de carbonos, que são bons condutores de eletricidade, e prata em minúsculas quantidades, de modo que o custo final seja baixo. A base do filtro é feita de tecido de algodão.

O tecido foi mergulhado em uma solução de nanotubos, seco e, depois, mergulhado novamente, mas dessa vez em uma solução de nanofios de prata. Os nanotubos usados tinham cerca de 1 nanômetro de espessura, e os fios, entre 40 e 100 nanômetros.

O resultado foi a produção de uma estrutura regular pelos fios de algodão. “Com uma estrutura contínua pela espessura do filtro, podemos mover os elétrons muito eficientemente e fazer com que o equipamento seja altamente condutor. Isso implica que ele precisa de uma quantidade mínima de eletricidade”, disse Cui.
A corrente que mata as bactérias tem apenas alguns miliamperes e pode ser fornecida facilmente por uma bateria de automóvel. A corrente também pode ser produzida por um dispositivo a manivela.

Na próxima etapa da pesquisa, os cientistas vão analisar a eficiência do filtro com outros tipos de microrganismos e experimentar filtros sucessivos.
“Com um filtro, matamos 98% das Escherichia coli. Mas, para água de beber, não queremos nenhuma bactéria. Para isso, vamos experimentar a filtragem em vários estágios”, disse Cui.

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Fórmula do Corpo Humano: Elementos químicos presentes no corpo humano


Na atualidade, sabe-se que os elementos químicos são distribuídos em nosso corpo nas seguintes porcentagens:

Oxigênio (O) – 65% - constituinte da água e das moléculas orgânicas (que contem carbono e hidrogênio, produzidos por um sistema vivo). E necessário para a respiração celular, que produz trifosfato de adenosina (ATP), uma substancia química muito rica em energia.

Carbono (C) – 18,5% - encontrado em toda a molécula orgânica.

Hidrogênio (H) – 9,5% - constituição da água, de todos os alimentos e da maior parte das moléculas orgânicas.

Nitrogênio (N) – 3,2% - componente de todas as proteínas e ácidos nucleicos: O acido desoxirribonucleico (DNA) e o acido ribonucleico (RNA).

Cálcio (Ca) – 1,5% - contribui para a rigidez de ossos e dentes; necessário para muitos processos corporais, por exemplo, coagulação sanguínea e contração muscular. Ele fica na membrana e “decide” o que entra nos ossos e o que sai deles. Encontrado no queijo, leite, iogurte, vegetais verdes folhosos e peixe.

Fósforo (P) – 1,0% - é o guardião dos genes e forma a proteína que estoca energia no corpo. Componente de muitas proteínas, ácidos nucleicos e trifosfato de adenosina (ATP), necessário para a estrutura normal de ossos, dentes e produção de energia. Encontrado em laticínios, peixes, carnes vermelhas e cereais integrais.

Potássio (K) – 0,4% - Na forma de cátion (K+) mais abundante dentro das células; importante na condução de impulsos nervosos e na contração muscular. Sua falta ou excesso pode fazer o coração parar. Encontrado nas frutas e vegetais frescos, especialmente banana, couve, batata e pão integral.

Enxofre (S) – 0,3% - elimina metais pesados, como mercúrio ou chumbo, altamente prejudiciais ao organismo. Componente de muitas proteínas.

Cloro (Cl) – 0,2% - o do contra. Neutraliza as cargas positivas dos fluidos, que sempre devem ser neutros. É o ânion mais abundante (partícula negativamente carregada, Cl–) fora das células.

Sódio (Na) – 0,2% - é o controlador das águas mantendo o volume do sangue em circulação no organismo. Na forma de cátion (Na+) mais abundante fora das células; essencial no sangue para manter o equilíbrio de água; necessário para a condução de impulsos nervosos e contração muscular. Encontrado em carnes, peixes, leguminosas (lentilha), cereais integrais e vegetais.

Iodo (I) – 0,1% - controla o fluxo de energia do corpo, ligando-se aos hormônios produzidos pela tireoide.

Ferro (Fe) – 0,1% - Na forma de cátions (Fe+2 e Fe+3) são componentes da hemoglobina (proteína carregadora do oxigênio do sangue) e de algumas enzimas necessárias para a produção de ATP, capta oxigênio dos pulmões e carrega para o restante do corpo, através do sangue. Encontrado em carnes, aves, músculos e leguminosas (feijão).

Magnésio (Mg) – 0,1% - sem ele o ATP não poderia guardar energia na célula. Necessário para muitas enzimas funcionarem apropriadamente. Atua na formação de anticorpos e alivio do estresse. Encontrado nos cereais integrais, soja, legumes e frutas (maca e limão).

Zinco (Zn) – 0,0025% - ele contribui para que o gás carbônico fique no estado liquido, não permitindo a entrada de gás no sangue, o que seria fatal. Responsável também pela cicatrização e atividade das enzimas.

Cobalto (Co) – 0,0004% - componente da vitamina B 12, uma das formadoras das células vermelhas do sangue.

Cobre (Cu) – 0,0003% - não deixa você derreter, pois regula a liberação de energia, produzida pelo nosso organismo. Produção de melanina e formação de glóbulos vermelhos do sangue. Encontrado no fígado, cereais integrais, legumes e frutas (pera).

Manganês (Mn) – 0,0001% - auxilia no crescimento e “ajuda” o selênio a expulsar os radicais livres (que promovem o envelhecimento).

Molibdênio (Mo) – 0,00002% - cria a boa gordura e auxilia na eliminação de radicais livres.

Flúor (F) – 0, 00001% - dá boas mordidas, pois protege os dentes. Encontrado na água, frutos do mar, peixes e chá.

Cromo (Cr) – 0,000003% - “ajuda” a insulina, hormônio produzido pelo pâncreas, que metaboliza o açúcar no corpo.

Selênio (Se) – inferior a 0,000003%, faz parte das enzimas destruidoras de radicais livres.

Alumínio (Al), Boro (B), Estanho (Sn), Silício (Si) e Vanádio (V) – São elementos traços em menor concentração. (Não encontrada a utilidade no corpo humano).

Átomos e Moléculas

Aula de química, do Telecurso 2000.




quarta-feira, 4 de julho de 2012

A Datação pelo Carbono 14


Introdução

A datação por carbono 14 é uma maneira de determinar a idade de certos artefatos arqueológicos de origem biológica com até 50 mil anos. Ela é usada para datar objetos como ossos, tecidos, madeira e fibras de plantas usados em atividades humanas no passado relativamente recente.Você já deve ter visto ou lido notícias sobre artefatos antigos fascinantes: em uma escavação arqueológica, um pedaço de ferramenta feita de madeira é encontrado e o arqueólogo descobre que ele tem 5 mil anos de idade. A múmia de uma criança é encontrada no alto dos Andes e um arqueólogo diz que a criança viveu há mais de 2 mil anos. Mas como os cientistas sabem a idade de um objeto ou de restos humanos? Que métodos eles usam e como é que esses métodos funcionam? Neste artigo, vamos examinar os métodos (prestando atenção especial na datação por carbono 14) pelos quais os cientistas usam a radioatividade para determinar a idade dos objetos.


Como é criado o carbono 14

Todos os dias, raios cósmicos entram na atmosfera terrestre em grandes quantidades. Para se ter um exemplo, cada pessoa é atingida por cerca de meio milhão de raios cósmicos a cada hora. Não é nada raro um raio cósmico colidir em outro átomo na atmosfera e criar um raio cósmico secundário na forma de um nêutron energizado, e que esses nêutrons energizados, por sua vez, acabem colidindo com átomos de nitrogênio. Quando o nêutron colide, um átomo de nitrogênio 14 (com sete prótons e sete nêutrons) se transforma em um átomo de carbono 14 (seis prótons e oito nêutrons) e um átomo de hidrogênio (um próton e nenhum nêutron). O carbono 14 é radioativo e tem meia-vida de cerca de 5.700 anos.



Os átomos de carbono 14 criados por raios cósmicos combinam-se com oxigênio para formar dióxido de carbono, que as plantas absorvem naturalmente e incorporam a suas fibras por meio da fotossíntese. Como os animais e humanos comem plantas, acabam ingerindo o carbono 14 também. A relação de carbono normal (carbono 12) pela de carbono 14 no ar e em todos os seres vivos mantém-se constante durante quase todo o tempo. Talvez um em cada trilhão de átomos de carbono seja um átomo de carbono 14. Os átomos de carbono 14 estão sempre decaindo, mas são substituídos por novos átomos de carbono 14, sempre em uma taxa constante. Nesse momento, seu corpo tem uma certa porcentagem de átomos de carbono 14 nele, e todas as plantas e animais vivos têm a mesma porcentagem que você.

Datando um fóssil

Assim que um organismo morre, ele pára de absorver novos átomos de carbono. A relação de carbono 12 por carbono 14 no momento da morte é a mesma que nos outros organismos vivos, mas o carbono 14 continua a decair e não é mais reposto. Numa amostra a meia-vida do carbono 14 é de 5.700 anos, enquanto a quantidade de carbono 12, por outro lado, permanece constante. Ao olhar a relação entre carbono 12 e carbono 14 na amostra e compará-la com a relação em um ser vivo, é possível determinar a idade de algo que viveu em tempos passados de forma bastante precisa.

Uma fórmula usada para calcular a idade de uma amostra usando a datação por carbono 14 é:

t = [ ln (Nf/No) / (-0,693) ] x t1/2

em que In é o logaritmo neperiano, Nf/No é a porcentagem de carbono 14 na amostra comparada com a quantidade em tecidos vivos e t1/2 é a meia-vida do carbono 14 (5.700 anos).
Por isso, se você tivesse um fóssil com 10% de carbono 14 em comparação com uma amostra viva, o fóssil teria:

t = [ln (0,10)/(-0,693)] x 5.700 anos
t = [(-2,303)/(-0,693)] x 5.700 anos
t = [3,323] x 5.700 anos
t = 18.940 anos de idade

Como a meia-vida do carbono 14 é de 5.700 anos, ela só é confiável para datar objetos de até 60 mil anos. No entanto, o princípio usado na datação por carbono 14 também se aplica a outros isótopos. O potássio 40 é outro elemento radioativo encontrado naturalmente em seu corpo e tem meia-vida de 1,3 bilhão de anos. Além dele, outros radioisótopos úteis para a datação radioativa incluem o urânio 235 (meia-vida = 704 milhões de anos), urânio 238 (meia-vida = 4,5 bilhões de anos), tório 232 (meia-vida = 14 bilhões de anos) e o rubídio 87 (meia-vida = 49 bilhões de anos).

O uso de radioisótopos diferentes permite que a datação de amostras biológicas e geológicas seja feita com um alto grau de precisão. No entanto, a datação por radioisótopos pode não funcionar tão bem no futuro. Qualquer coisa que tenha morrido após os anos 40, quando bombas nucleares, reatores nucleares e testes nucleares em céu aberto começaram a causar mudanças, será mais difícil de se datar com precisão.


FONTE: http://ciencia.hsw.uol.com.br/carbono-14.htm/printable


sábado, 16 de junho de 2012

2º Ano - Calorimetria - Calor sensível e Latente



3ª Ano - Nomenclatura de Compostos Orgânicos e Hidrocarbonetos



Pessoal, gostaria de destacar que neste vídeo  está sendo usada a nomenclatura antiga da IUPAC, na qual o número que indica o carbono em que estão o grupo funcional ou as insaturações, é colocado na frente do nome da cadeia principal.

Mas na nomenclatura atual estes números são indicados no meio do nome da cadeia principal, ou seja, o número do carbono é colocado sempre antes do que ele indica.

Portanto algumas moléculas citadas no vídeo com a nomenclatura antiga são:
2-Pentanol
2,3,5- Heptatrieno
5- metil- 2- Hexanol

Na nomenclatura atual ficam:
Pentan-2- ol
Hept- 2,3,5- trieno
5- metil- Hexan- 2- ol

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Eletromagnetismo: Energia Potencial elétrica e Potencial elétrico


Aula 39 do Telecurso 2000 - Física (parte 1 e 2), sobre:

- Energia potencial elétrica
- Potencial elétrico
- Como as cargas elétricas se distribui em um condutor
- O poder das pontas



sexta-feira, 1 de junho de 2012

3º Ano - Exercícios relacionados com Campo elétrico


Alguns exercícios relacionados com Campo elétrico:

1- Sobre uma carga elétrica de 3,0 . 10-4C, colocada em certo ponto do espaço, age uma força de intensidade 0,60N. Despreze as ações gravitacionais. Qual a intensidade do campo elétrico nesse ponto?


2- (FCC) Uma carga pontual Q, positiva, gera no espaço um campo elétrico. Num ponto P, a 0,5m dela, o campo tem intensidade E=7,2.106N/C. Sendo o meio vácuo onde K0=9.109 unidades S. I., determine Q.
      a) 2,0 . 10-4C
      b) 4,0 . 10-4C
      c) 2,0 . 10-6C
      d) 4,0 . 10-6C
      e) 2,0 . 10-2C  

3- Uma partícula de carga q = 2,5.10-8 C é colocada num determinado ponto P de uma região onde existe um campo elétrico, e sofre a ação de uma força de 1,5 N devido a esse campo.
a) Qual é o módulo do vetor campo elétrico E nesse ponto?
b) Qual a intensidade da força elétrica que atua numa carga q = 5,0 μC, colocada nesse mesmo ponto P?


4- Uma partícula de carga q = 3,0 μC está em determinado ponto A do espaço. Qual é o módulo, direção e sentido do vetor campo elétrico E gerado por essa partícula no ponto B, a 30 cm de A?


5- Duas cargas elétricas q1= 8.10-6C e q2= 4.10-6C estão situadas no vácuo e separadas por uma distância de 40 cm. Responda:
a) Qual é o valor da força elétrica entre elas?
b) Qual a intensidade do campo elétrico que a carga q1 gera sobre a carga q2?


6- O corpo eletrizado Q, positivo, produz num ponto P o campo elétrico, de intensidade 2.105 N/C. Calcule a intensidade da força produzida numa carga positiva q= 1,5.10-6 C colocada em P.



Respostas:
1- E= 2.105 N/C

2- a) Q= 2,0 . 10-4C

3- a) E= 6.107 N/C
b) F= 300 N

4- A partícula de carga q faz aparecer próximo a ela um campo elétrico que para cada ponto no espaço terá um valor numérico, uma direção e um sentido. A direção do vetor será a direção da reta que une a partícula e o ponto (direção radial). O sentido depende do sinal da carga. Como ele é positivo o sentido será de afastamento, ou divergente. Intensidade: E = 3.105 N/C

5- a) F= 2.10-10 N
b) E= 5.10-5 N/C

6- F= 0,3 N


quinta-feira, 31 de maio de 2012

Como os humanos envelhecem no espaço?

Como os humanos envelhecem no espaço?
por Jessica Toothman - traduzido por HowStuffWorks Brasil

Como os astronautas como os que estão na Estação Espacial Internacional (ISS) estão se movimentando tão rápido, eles também estão envelhecendo um pouco mais devagar do que o resto de nós. Devido a um princípio da física conhecido como dilatação do tempo, depois de seis meses de permanência na ISS, os astronautas que voltam são um pouquinho mais jovens do que o resto de nós. Mas antes que você compre uma passagem que o leve, literalmente, para fora deste mundo, entenda que isso que estamos falando não é exatamente uma fonte da juventude. Seus seis meses de esforços para reduzir o envelhecimento vão lhe proporcionar apenas 0,007 segundos de vida extra, de acordo com cálculos de um astronauta da ISS.


Mas essa não é realmente a questão que estamos tratando quando discutimos como os humanos envelhecem no espaço. Vamos começar com um resumo de como o processo de envelhecimento acontece na Terra. Até os cientistas descobrirem uma forma de nos tornar imortais, a maioria de nós passa pelo processo de envelhecimento. Isso geralmente envolve metamorfoses, como ossos se tornando frágeis, veias enrijecendo, músculos ficando ineficientes, articulações se endurecendo, intestinos ficando irritáveis, bexigas se tornando imprevisíveis, dentes se decompondo, visão diminuindo, pele enrugando e por aí vai.

 Enquanto para a maioria das pessoas leva décadas para que elas realmente comecem a sentir os efeitos do processo de envelhecimento, os humanos baseados no espaço experimentam alguns deles em avanço rápido. Geralmente, os efeitos são reversíveis uma vez que o astronauta volta pra casa, embora às vezes algumas poucas mudanças possar ser permanentes.

A falta de gravidade é a principal causa dessas alterações intensas.A gravidade é uma das mais importantes forças que atuam na Terra, e ela desempenha um papel imenso na maioria de nossos sistemas corporais. Pegue os músculos como exemplo. Os músculos de pessoas mais velhas tendem a encolher e se atrofiar à medida que elas envelhecem e se tornam menos móveis. Os músculos dos astronautas reagem de maneira similar porque mal são usados. É por isso que os astronautas no espaço por períodos prolongados usam máquinas especiais de exercícios para ajudar a mitigar esse efeito.

Um processo similar acontece com os ossos. Depois de uma certa idade, as pessoas na Terra começam a perder massa óssea, geralmente a uma taxa de cerca de 1% a 2% ao mês. Como o sistema esquelético dos astronautas não precisa suportar seu peso, os ossos começam a diminuir a produção de novo material ósseo e a aumentar a quantidade de absorção do osso velho. Felizmente, seus sistemas esqueléticos voltam ao normal depois de um tempo passado em terra firme.

Embora eles digam 0,007 segundos, os astronautas ainda experimentam alguns dos sintomas de um processo de envelhecimento persistente. Pesquisadores estão trabalhando para descobrir a mecânica de por que essas mudanças ocorrem, bem como o que pode ser feito para evitá-las. Essa informação não só ajudará a tornar o voo espacial mais fácil para o corpo humano, como também ajudará a melhorar a vida na Terra.

terça-feira, 17 de abril de 2012

Exercícios densidade

1- Calcular a densidade do mercúrio, sabendo que 1360 gramas ocupam o volume de 100 cm3.

2- Qual a massa de uma chapa de ferro de volume 650 cm3? A densidade absoluta do ferro é 7,8 g/cm3.

3- A densidade absoluta da gasolina é 0,7 g/cm3. Qual o volume ocupado por 420 g de gasolina?

4- A densidade absoluta do mercúrio é 13,6 g/cm3. Calcule o volume ocupado por 680 g dessa substância.

5- Qual a densidade de uma substância sabendo que 365 gramas estão encerrados em um recipiente cujos lados medem 5 cm? (OBS: achar o volume do recipiente retangular, cujos lados medem 5 cm)

6- Quando se deixa cair uma peça de metal com massa 150 g em um cilindro graduado que contém 32 mL de água, o nível de água sobe para 37 mL. Qual a densidade do metal em g/cm3? (OBS: fazendo o maior volume menos o menor volume, você encontrará o volume da peça de metal necessário para o cálculo)

Respostas:
1- 13,6 g/cm3
2- 5070 g
3- 600 cm3
4- 50 cm3
5- 2,92 g/cm3
6- 30 g/cm3

sábado, 7 de abril de 2012

Dilatação Térmica - 2º Ano - Física

Quando aquecemos um corpo, aumentando sua energia térmica, aumentamos o estado de agitação das moléculas que o compõem. Estas moléculas precisam de mais espaço e acabam se afastando uma das outras aumentando o volume do corpo. Este fenômeno é conhecido como dilatação térmica. A dilatação térmica ocorre não só quando aquecemos um corpo, mas também quando o resfriamos.

A dilatação térmica pode, então, ocorrer quando temos um aumento no volume de um corpo que sofre variação na sua temperatura ou, quando temos uma diminuição no volume de um corpo também ocorrida por ter sido submetido a uma variação de temperatura.

Aumentando a temperatura de um corpo, este corpo sofre dilatação térmica e seu volume aumenta. Dizemos que ocorreu uma expansão térmica.

Diminuindo a temperatura de um corpo seu volume também diminui. Dizemos que ocorreu uma contração térmica.

Na temperatura ambiente a esfera passa pelo anel, mas quando aquecida seu volume aumenta e a passagem não é mais possível.

A dilatação térmica não ocorre somente nos corpos sólidos, nos líquidos e gasosos também. Nos corpos sólidos a dilatação ocorre em todas as direções, mas, esta dilatação pode ser predominante em apenas uma direção ou em duas. Sendo assim a dilatação térmica dos sólidos pode ser divida em:

Dilatação térmica linear: quando a dilatação é predominante em uma direção, como podemos ver na imagem abaixo:


Dilatação térmica superficial: quando a dilatação é predominante em duas direções.

Dilatação térmica volumétrica: quando a dilatação ocorre nas três direções.

O vídeo abaixo é bem legal e explicativo sobre o assunto:


terça-feira, 3 de abril de 2012

quinta-feira, 29 de março de 2012

Notação Cíentífica

Reforçando...
Em Química trabalhamos com números muito grandes e também números muito pequenos. Para estes casos usa-se a notação científica, que é uma forma abreviada de se representar valores muitos altos ou muito baixos.
Para números maiores que 1, a vírgula é deslocada até o primeiro algarismo do número. O número de casas deslocadas será utilizado como expoente positivo da potência de 10.
1.500.000 = 1,5 x 106
1.000 = 1,0 x 103
Para números menores que 1, a vírgula é deslocada para a direita, até depois do primeiro algarismo diferente de zero. O número de casas deslocadas será utilizado como expoente negativo da potência de 10.
0,001 = 1 x 10-3
0,0000057 = 5,7 x 10-6
O número que multiplica a potência de 10 deve estar sempre compreendido entre 1 e 10.
50 x 105 = 5 x 106
11 x 109 = 1,1 x 1010
OPERAÇÕES ENVOLVENDO NOTAÇÃO CIENTÍFICA
Multiplicação: a x 10m . b x 10n = a . b x 10( m + n )
a) 5 x 105 . 3 x 108 = 5 . 3 x 10(5 + 8) = 15 x 1013 = 1,5 x 1014
Divisão: a x 10m / b x 10n = (a / b) x 10( m - n )
a) 7 x 1013 / 5 x 107 = ( 7/5 ) x 10(13 - 7) = 1,4 x 106
Potenciação: (a x 10n)m = am x 10(n . m)
a) (5 x 10-3)2 = 52 x 102(-3) = 25 x 10-6 = 2,5 x 10-5
Radiciação: m√a x 10n = m√a x 10n/m
a) 3√3 x 10-3 = 3√3 x 10-3/3 = 1,44 x 10-1
Adição e subtração: Colocar os valores na mesma potência de base 10. Colocar esta potência em evidência.
a) 1 x 103 + 1 x 104 = 1 x 103 + 10 x 103 = (1 + 10) x 103 = 11 x 103 = 1,1 x 104